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Leia o artigoEscolher corretamente os redutores de velocidade que farão parte de uma aplicação é o primeiro passo na redução de tempo e custos com paradas de manutenção.
Afinal, é nesse momento que as características do equipamento, bem como sua compatibilidade com a área de instalação, devem ser avaliados, visando garantir o sucesso da operação.
Mas como saber quais características observar no equipamento para acertar na compra? Essa é uma pergunta fundamental ao comprar redutores e iremos respondê-la ao longo deste texto, continue conosco e acerte na escolha!
A principal função de um redutor de velocidade é o aumento do torque e redução da velocidade de rotação.
Isso é possível a partir da transferência de energia entre engrenagens com diâmetro menor (capazes de realizar mais rotações por minuto – rpm) para engrenagens maiores (que proporcionam maior torque ao rotacionar).
Figura 1: Diferença entre engrenagens de maior e menor diâmetro
Funciona da seguinte maneira: o eixo de entrada recebe a energia inicial em alta velocidade, advinda de um acionamento, como o motor. Em seguida, essa energia é transmitida entre as engrenagens intermediárias (caso existam) até o eixo de saída.
A existência ou não de engrenagens intermediárias entre os eixos de entrada e saída, bem como a quantidade, é definida principalmente pela necessidade da aplicação conectada ao eixo de saída: quanto mais eixos intermediários, maior a redução de rpm e aumento de torque.
Um exemplo clássico de operação que utiliza redutores de velocidade são os transportadores de correias, nos quais os redutores são utilizados para garantir uma velocidade constante e segura, ajustando a velocidade conforme necessário para diferentes partes do processo de produção.
Estudo de caso: redutor Nord Drivesystem em sistema de transporte de correias
Outro exemplo de aplicação que necessita de redutores são as gruas e guindastes, que beneficiam-se do aumento de torque possibilitado pelo uso de redutores no içamento de cargas pesadas.
Em resumo, redutores de velocidade são componentes cruciais em diversas aplicações na indústria, e agora que você já entende sua principal funcionalidade, vamos conhecer 4 características que devem ser observadas nesses equipamentos antes da compra. Confira:
A posição de instalação do equipamento está diretamente relacionada às especificidades da planta em que o redutor será operado.
Figura 2: Mesmo redutor em expedição após manutenção na Drivemec e depois, instalado na aplicação
Nesse sentido, é importante ter ciência da posição de instalação antes da compra do equipamento e consultar no manual do fabricante os requisitos de uso do equipamento de acordo com cada posição de trabalho.
Figura 3: Exemplos de posições de trabalho para um mesmo redutor
Fonte: Manual de instalação lubrificação, manutenção e garantia – Conimax – Weg Cestari
Isso ocorre porque fatores como o nível de lubrificante e necessidade de proteção extra aos motores se diferenciam de acordo com a posição. No caso do nível de óleo, a alteração pode ser na quantidade necessária para lubrificar o equipamento, bem como na exigência de lubrificação com graxa em pontos específicos do redutor.
Outros aspectos relacionados à instalação de redutores, são a localização da caixa de ligação do motor, sentido de rotação dos eixos, além das condições ambientais sob as quais o equipamento estará exposto (temperatura ambiente, umidade, gases corrosivos, material abrasivo em suspensão, entre outros).
O fator de serviço está relacionado ao número de partidas por hora, variações de carga, variações de temperatura, regime de trabalho, etc. Ela frequentemente é confundida com Fator de Segurança, que está relacionado a segurança da máquina e sua aplicação. Por exemplo, elevador de carga ‘vs’ elevador de pessoas. O fator de segurança de ambas aplicações é muito diferente.
Quem determina o fator de serviço é o local de instalação. Resultado de variáveis como tipo de acionamento (motor elétrico, à explosão, geradores, compressores), tipo de aplicação e tipo de indústria. Temperatura, partidas por hora, potência consumida.
Está relacionada com a posição de montagem, mas acrescentamos aí a posição que a máquina motriz e movida estarão instaladas. Desta forma, os eixos de entrada e saída podem estar no mesmo lado, em lados opostos, ou em posição ortogonal.
Frente à análise da aplicação, potência, fator de serviço, entre outros, o modelo de engrenagem pode garantir uma boa ou má seleção do redutor, respeitando as suas especificidades. São elas:
Sem-Fim: altas reduções e baixa potência
Paralelas: Baixas e Médias reduções, média e alta potência
Cônicas: em posições ortogonais;
Cicloidais: espaços compactos
Espiróide ou Hipóide: em posições ortogonais, mas em planos distintos
Herringbone, Espinha de Peixe, Citroen: em transmissão com alto torque e baixo backlash
Esses são alguns aspectos que, combinados, influenciam diretamente no bom funcionamento dos redutores dentro da sua aplicação.
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